Mesmo com as dificuldades geradas pela pandemia da Covid-19, que afeta os mercados do mundo todo desde março de 2020, o Porto Seco de Anápolis registrou crescimento na movimentação de mercadorias no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho de 2021, foram mais 152 mil toneladas de cargas importadas movimentadas no terminal, volume 34,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2020, até então o recorde de movimentação. No primeiro semestre do ano passado, a estação aduaneira de interior já havia obtido um crescimento de 9% em relação a 2019.
Foram 6.792 TEUs (que equivalem a containers de 20 pés) movimentados no primeiro semestre de 2021. Os dados apontam para o crescimento da participação do Porto Seco nas importações goianas, subindo de 40% para 44% apenas no mês de junho deste ano. Se for mantido o atual ritmo, o Grupo Porto Seco Centro-Oeste, que administra o terminal alfandegado, projeta que 2021 deva fechar como o melhor ano desde 2011, mesmo com as dificuldades que a pandemia tem gerado ao mercado internacional, que inclui a escassez de vários produtos e insumos para a indústria.
Os maiores volumes de importações que passaram pelo Porto Seco no primeiro semestre foram de insumos, peças e produtos para a indústria farmacêutica; peças veiculares e pneus. Para o mercado interno, a movimentação também teve alta de 103% no semestre, principalmente grãos (soja), algodão e ração animal. Saltou de 71,3 mil para 145,2 mil toneladas. Desse total, foram 53 mil toneladas de grãos e 50 mil toneladas de algodão. O PSCO conta com estrutura especial para armazenamento desses produtos.
A perspectiva para o final do ano é de que esse crescimento se dê não só em volume de cargas, mas também em valor agregado, tanto para cargas de importação como exportação, bem como no mercado interno. Para isso, o terminal recebeu investimentos de ampliação e adaptação da sua infraestrutura, que fica no Distrito Agroindustrial de Anápolis e cuja área própria soma mais de 1 milhão de metros quadrados.
Se preparando para o início da operação da ferrovia Norte-Sul, que deve ocorrer neste ano e consolidar Anápolis como o grande pólo logístico do Centro-Oeste, o PSCO investiu mais de R$ 20 milhões nos últimos cinco anos para efetuar diversas melhorias em sua operação, e a perspetiva é de que o volume de novos investimentos se intensifique até 2025.