A decisão do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) sobre qual candidatura vai disputar nas eleições deste ano pode ficar para os últimos dias do prazo legal para as convenções partidárias. Ou seja: no final de julho ou início de agosto. O tucano havia anunciado que tomaria a decisão em 16 de julho, no último encontro regional de pré-campanha, a ser realizado em Goiânia.
Segundo a coluna Giro do jornal O Popular, ala importante do PSDB goiano avalia que a definição do ex-governador para as eleições deste ano deveria acontecer o mais tarde possível. “Ele está em fase de ouvir a população, fazer pesquisas, discutir a formação de coligação. Quanto mais tarde o Marconi tomar a decisão, melhor. Ele sempre foi prudente, sempre deixou para escolher no último dia”, avalia um tucano ao jornal.
Marconi Perillo afirmou no início deste mês que a escolha sobre sua candidatura será decidida (por votação) pelas lideranças e militantes tucanos em votação no encontro regional na capital. Disse que serão apresentadas três opções: Câmara dos Deputados, Senado ou governo de Goiás. E que ele respeitará a vontade da maioria.
Ganhar mais tempo
A maioria das lideranças tucanas já sabe o resultado de uma votação no encontro: daria candidatura ao governo de Goiás. Entretanto, segundo apurado pelo ENTRELINHAS GOIÁS, alguns aliados do ex-governador avaliam que o melhor seria optar por uma candidatura ao Senado.
Por dois motivos: maior chance de vitória para Marconi Perillo (pesquisas indicam que ele lidera as intenções de votos para o Senado) e também maior facilidade para costurar uma aliança. Inclusive, comenta-se nos bastidores a possibilidade do tucano estar na chapa bolsonarista em Goiás, tendo o deputado federal Vitor Hugo candidato ao governo e Wilder Moraes, como vice.
Uma candidatura ao Senado também daria mandato (caso eleito) e palanque para Marconi Perillo deixar a disputa pelo governo estadual para 2026. Estas possibilidades demandam mais tempo. Ou seja: devem ser definidas apenas nos últimos dias das convenções partidárias. Por isso, o desejo de uma ala do alto tucanato de adiar também a decisão de Marconi Perillo.