Com claro objetivo de melhorar a sua popularidade, especialmente na população de baixa renda, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem elevado os gastos com os programas sociais do seu governo. Segundo o portal Poder 360, as despesas saltaram para R$ 195,8 bilhões a três meses das eleições. As propostas de ampliar o Auxílio Brasil e o vale-gás, de implantar o voucher para os caminhoneiros e a gratuidade para idosos nos transportes públicos puxaram a alta.
Levantamento do PoderData, realizado de 19 a 21 de junho de 2022, mostra que a aprovação do governo Bolsonaro caiu para 34% entre os que têm renda familiar de até dois salários mínimos. O Auxílio Brasil continua ocupando a maior parcela do “pacote de bondades” do governo.
Com o anúncio de ampliação de R$ 200 até o fim de 2022, seu valor total foi de R$ 89,1 bilhões para R$ 115,1 bilhões. O auxílio emergencial, pago em 2020 e 2021, rendeu um pico de popularidade para Bolsonaro no 1º ano da pandemia e custou R$ 353,7 bilhões.
PEC dos benefícios
O Senado Federal adiou a votação da PEC que amplia benefícios sociais do governo federal. A votação estava prevista para ontem, mas foi adiada diante de um impasse sobre o tamanho da proposta. A previsão agora é que a PEC seja votada nesta quinta-feira. Ao custo de R$ 38,7 bilhões – valor fora do teto de gastos -, o pacote inclui medidas como a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 e a criação de um benefício de R$ 1 mil mensal para caminhoneiros.
Trata-se de uma nova versão da PEC dos Combustíveis apresentada pelo relator, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Vale lembrar que a lei eleitoral proíbe a concessão e a criação de benefícios no ano do pleito, o que só é permitido em casos de calamidade ou emergência. Para driblar a regra, a PEC institui um estado de emergência até o fim deste ano.
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