Existem cinco candidatos a governador de Goiás definidos para a eleição deste ano. São eles: Cíntia Dias (Psol), Edigar Diniz (Novo), Helga Martins (PCB), Professor Pantaleão (UP) e Vitor Hugo (PL). Todos já realizaram as convenções partidárias. Além destes, são certas as candidaturas do governador Ronaldo Caiado (UB), para tentar a reeleição, e do ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota). As convenções de ambos serão realizadas nesta sexta-feira (5/08). A grande dúvida é o ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
Dos candidatos já confirmados em convenção partidária, apenas Vitor Hugo (PL) tem expectativa de receber uma boa votação. Embora ainda não o suficiente para sequer chegar ao segundo turno. Ele aposta todas as suas fichas numa onda bolsonarista e se firmar como único candidato de Jair Bolsonaro (PL) em Goiás. Na convenção do seu partido, que contou com a presença do presidente em Goiânia, deu várias declarações neste sentido.
Vitor Hugo disse ainda que Caiado foi um dos maiores traidores de Bolsonaro. O governador já declarou apoio para o presidente, mas apenas em caso de segundo turno no Brasil. No primeiro ficará neutro. O candidato também tem feito críticas a Gustavo Mendanha, que já declarou voto para Bolsonaro. E no primeiro turno. Vitor Hugo afirma que o ex-prefeito tem envolvimento com partidos da esquerda.
Pouco efeito
Mas, estes discursos têm tido pouco efeito. Pelo menos, até agora. Pesa contra Vitor Hugo ser um político desconhecido pela maior parte do eleitorado goiano. Natural da Bahia e morando em Goiânia há poucos anos, foi eleito deputado federal em 2018 com pouco mais de 30 mil votos. E pesquisas eleitorais mostram que a eleição deste ano deverá ser diferente da de 2018. O eleitorado bolsonarista em Goiás continua significativo e atuante, mas hoje representa cerca de 40% dos votos goianos.
Só que os demais postulantes ao governo de Goiás não subestimam o potencial de transferência de votos de Bolsonaro para o seu candidato a governador. Estima-se que Vitor Hugo pode chegar a ter 15% dos válidos. Caso se confirme, isto deve fazer a eleição em Goiás ser decidida no segundo turno.
Os demais candidatos a governador já oficializados têm baixíssimo potencial. Juntos, não devem somar mais do que 10% dos votos válidos. E sendo bem otimista.