O presidente eleito Lula (PT) anunciou nesta sexta-feira (9/12) o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), para o Ministério da Fazenda. Além de Haddad, o petista também oficializou o nome do ex-deputado José Múcio (PTB-PE) para o Ministério da Defesa. E do ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB-MA) para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O embaixador Mauro Vieira será o titular do Ministério das Relações Exteriores. E a Casa Civil será comandada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT). Lula passará este fim de semana em Brasília para definir quais serão os ministérios de seu governo. Além disto, quais setores terão apenas secretarias. Uma reunião com aliados deve ser realizada neste domingo (11/12) para tomar decisões.
Lula confirmou também a manutenção da Segurança Pública no Ministério da Justiça. Durante a campanha eleitoral, havia uma pressão para que a pasta fosse dividida. Dino, no entanto, era contra e trabalhou pela não esvaziamento do ministério que comandará.
Segundo o presidente eleito, porém, o Ministério de Segurança Pública poderá ser recriado no futuro. “Temos o interesse de criar o Ministério da Segurança Pública, mas a gente não pode também fazer a coisa de forma atabalhoada. Vamos primeiro arrumar a casa, depois vamos trabalhar a necessidade de criar o Ministério da Segurança Pública”, disse.
Outros ministros
O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, devem estar na próxima leva de ministros que Lula anunciará na semana que vem. Tido como negociador habilidoso, Padilha deve assumir a articulação política do Palácio do Planalto. Nísia é o nome para o Ministério da Saúde. Ela ganhou notoriedade durante a pandemia e tem o apoio de Padilha e do cardiologista Roberto Kalil Filho, médico de Lula. A cantora baiana Margareth Menezes foi convidada para ser ministra da Cultura.
O PT reivindica mais espaço na formação do novo governo Lula e teme que siglas que não apoiaram Lula na campanha eleitoral. Mas que agora querem integrar a base do governo acabem ficando com pastas importantes e com bom orçamento.
Antes mesmo de anunciar seus ministros, Lula explicou por que ainda não havia incluído mulheres ou negros na equipe. “Vai chegar uma hora que vocês vão ver mais mulheres aqui do que homens e vai chegar uma hora que vocês vão ver a participação de muitos companheiros afrodescendentes aqui”, disse.