Os goianos estão, cada vez mais, aderindo ao consórcio para adquirir um novo veículo. Segundo o Klubi, fintech autorizada pelo Banco Central para operar como administradora de consórcios no País. O Estado é o terceiro na lista das regiões que optaram pela modalidade, sendo responsável por 7% de todos os contratos assinados na empresa em 2022. O ranking de novos negócios do Klubi tem São Paulo em primeiro lugar com 42%, seguido por Minas Gerais com 11% dos planos adquiridos de consórcio automotivo. Entre os cinco primeiros ainda estão Paraná e Rio de Janeiro, ambos com 5% de participação.
No Brasil esse setor está em franca expansão. Em 2022, de janeiro a novembro, o mercado de consórcios originou mais de R$ 230 bilhões em créditos. Isto representa um crescimento de 16% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (ABAC). “Nossa expectativa diante do cenário realizado nos últimos anos e o contexto da economia é que esse segmento deve continuar crescendo em 2023”, afirma Eduardo Rocha, CEO e fundador do Klubi.
Segundo o executivo, os goianos são apaixonados por carro. Dados do Detran mostram que nos últimos seis anos houve um aumento de 20,6% na frota de veículos de Goiás, chegando a 4,23 milhões em 2021, último ano divulgado. “Para lazer ou trabalho, ainda mais com a ascensão de pessoas que geram renda por meio de aplicativos de transporte. A nossa base de dados atesta o interesse dos goianos em adquirir um automóvel e por isso hoje o Estado está no topo da nossa estratégia de negócio”, comenta Rocha.
Vantagens e desvantagens
O consórcio automotivo pode ser realizado para carros novos ou seminovos. Os diferenciais dessa modalidade em relação ao financiamento é que no consórcio não há entrada, as parcelas não tem juros e o prazo para pagamento é até 100 meses. A mensalidade também é bem mais acessível. A desvantagem é que o veículo não estará disponível na hora da contratação do consórcio. Aliás, pode demorar um bom tempo até o consorciado ser contemplado. Portanto, é uma aquisição que precisa ser considerada a médio e longo prazo.
“Com o aumento das taxas de juros, do valor dos automóveis e a burocratização das linhas de crédito, o consórcio é uma oportunidade para a compra de veículos e deve ser uma grande tendência nos próximos anos. No Brasil, menos de 30% das famílias têm um carro na garagem”, diz Rocha.
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