Retirar totalmente ou até mesmo parcialmente árvores ipês em Goiás será considerado crime. Pelo menos, é o que foi aprovado nesta quarta-feira (29/3) em primeira votação pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O projeto de lei é da ex-deputada estadual Delegada Adriana Accorsi (PT), hoje deputada federal. Ele declara a espécie de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no Estado.
“Apesar dessa variedade de ipês, essa árvore está em risco de extinção, já que é uma das madeiras brasileiras mais cobiçadas no mercado internacional”, justifica a parlamentar.
Se aprovado em segunda votação e sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), a supressão total ou parcial destas espécies só poderá ser realizada com prévia autorização do poder público. E isso quando necessária à execução de obras, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social. Os responsáveis ainda serão obrigados ao imediato replantio do número de árvores abatidas
No projeto, a deputada afirma que o cerrado brasileiro tem grande variedade de espécies: Ipê amarelo (Tabebuia ochracea), Ipê Amarelo (Tabebuia vellosoi), Ipê Ama1relo Da Serra I (Handroanthus albus), Ipê Branco (Tabebuia dura), Ipê do Cerrado (Tabebuia chrysotricha), Ipê Rosa (Handroanthus pentaphylla), Ipê Rosa (Tabebuia róseo), Ipê Roxo (Handroanthus avellanedae), Ipê Roxo (Tabebuia avellanedae), Ipê Roxo Sete Folhas (Handroanthus heptaphyllus) e Ipê Verde (Cybistax antisyphilitica).
Flores
Os Ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. Suas flores possuem forma de funil, como se fossem uma cornetinha. Podem ser elas amarelas, roxas, rosas, brancas e até verdes. Florescem entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana, cobrindo o chão com a sua cor. Atualmente, é considerado a flor nacional, frisa a parlamentar.
“Apesar dessa variedade de Ipês, essa árvore está em risco de extinção, já que é uma das madeiras brasileiras mais cobiçadas no mercado internacional”, frisa Accorsi.