A queda de braço entre o governador Ronaldo Caiado (UB) e o presidente da Fieg, Sandro Mabel, começa a ganhar terreno político. O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), disse que a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) foi constitucional. A entidade empresarial, via CNI, questiona no STF a legalidade da cobrança da “taxa do agro”.
“Nós, deputados e deputadas, por meio da procuradoria e do Poder Legislativo, defendemos a constitucionalidade da matéria e a independência dos Poderes. Defendemos, também, que aquilo que aqui votamos tem sim total legalidade, inclusive com o parecer da procuradoria da Casa”, disse Peixoto.
Colonizado
O presidente da Alego foi além: disse que multinacionais mineradoras estariam “colonizando” Goiás. É que as empresas de mineração, via sua entidade empresarial, também questionam o Fundeinfra no STF. Inclusive, esta teria sido a principal justificativa para a CNI/Fieg entrarem com pedido de liminar pela suspensão da cobrança da taxa no STF.
“Quando falamos em metais raros, ouro, níquel, terras raras, estamos falando de meio ambiente, de caminhões que utilizam as nossas rodovias para que esse recurso não fique só em nosso Estado. Muito pouco pelo que produzem vai aos municípios. Nosso Estado está sendo colonizado, porque eles vêm aqui, exploram o nosso minério, não produzem nada, não pagam nada ao Estado e deixam os resíduos sólidos, termina a jazida, fecham e somem”, disse Peixoto.
O deputado pediu ainda para que Sandro Mabel “seja estadista, que olhe por Goiás, pelos goianos, pelos municípios e que não olhe para as mineradoras”. Que, repetiu, “vêm ao estado para serem colônias de mineração”.
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