Avançaram nesta segunda-feira (22/5) na Assembleia Legislativa de Goiás os projetos de lei enviados pelo governador Ronaldo Caiado (UB) que tratam sobre a revisão salarial dos servidores do Estado. Além deles, também têm os projetos de reajuste dos servidores da própria Alego, do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado. Todos concedem o mesmo porcentual de aumento: 5,93%, divididos em duas parcelas (maio e outubro).
Apesar das críticas de deputados da oposição, os projetos foram aprovados na Comissão Mista da Alego e, depois, em primeira votação no plenário da Casa.
A deputada Bia de Lima (PT) defendeu reajuste salarial a todos os professores, para que recebam o piso salarial, e não apenas aos que recebem abaixo disso. De acordo com a parlamentar, os graduados e pós-graduados seguirão com prejuízos em seus salários. A deputada citou os esforços para que o reajuste de 14,95% anunciado pelo Ministério da Educação desde janeiro seja destinado a todos os integrantes da carreira.
O deputado Antônio Gomide (PT) criticou o governador Ronaldo Caiado. Embora defendeu a aprovação dos projetos, avaliou negativamente os reajustes propostos. “O Estado orgulha-se de apresentar superávit, mas nem considera usar esses recursos com seus servidores. Infelizmente, o governador não acredita no serviço público”, disse.
Bancada do PL
“Nossos servidores ainda aguardam 24% de reposição salarial referente aos anos de 2019, 20 e 21. Aí oferecem só 5% e ainda parcelado em duas vezes? É um tratamento muito injusto”, disse. Gomide frisou ainda que o atual governo acabou com o quinquênio e a licença-prêmio, aumentou o percentual de desconto previdenciário e vendeu o Hospital do Servidor.
“Data-base não é aumento salarial, é constitucional, é reposição devida pela perda inflacionária”, afirmou o deputado-delegado Eduardo Prado (PL). Ele disse ainda que as declarações positivas na área econômica e fiscal por parte do governo não resultam em ações positivas aos servidores. “A educação é o que mais sofre neste estado. Ninguém perdeu mais do que essa área”, enfatizou o deputado Major Araújo (PL).
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