O grupo Madero tem uma dívida líquida de quase R$ 900 milhões. Isto representa cerca de 70% da sua receita líquida em 2022, que foi de R$ 1,48 bilhão. Por conta desta crise financeira, a empresa iniciou um plano de forte reestruturação. Inclusive, com o fechamento de lojas da rede de hamburgueria Jeronimo, em São Paulo. Neste primeiro momento, foram duas unidades na capital paulista.
O Madero afirma que a crise ainda é reflexo das medidas sanitárias para conter a pandemia de covid-19 no País. Mas, também tem reflexo da sua política de promover forte expansão das suas lojas de fast food. Por isso, o Madero tem feito uma análise das operações menos rentáveis, que estão sendo fechadas.
A empresa anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões com Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual.
No primeiro trimestre de 2023, o Madero teve aumento de 29% na receita ante igual período no ano anterior, fechando março com R$ 392,9 milhões. O prejuízo líquido caiu 20%, indo a R$ 43,5 milhões. A empresa diz que os juros altos na economia brasileira exigiram aumento de caixa, o que levou a despesas não recorrentes no começo deste ano.
Além da marca própria e da hamburgueria Jeronimo, a empresa tem lojas da Legno, de comida italiana, e da Dundee, de frango frito. A marca Jeronimo, que leva o nome do tataravô de Junior Durski, foi criada em 2017 pelo bolsonarista. Segundo a empresa, a marca Jeronimo não deixará de existir. Trata-se apenas de uma gestão de portfólio de lojas, considerando a rentabilidade de cada unidade.
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