O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), anunciou nesta quarta-feira (2/8) a realização de concurso público da Casa para 2024. Não informou quantas vagas serão ofertadas, mas adiantou alguns dos cargos que estarão no certame: auxiliar de serviços gerais, comunicador social, analista de TI e agente da polícia legislativa. Outros ainda serão definidos em estudo a ser realizado pela Alego. “Já determinei o início dos estudos para que em 2024 ocorra o concurso público. A Casa precisa de profissionais concursados nas mais diversas áreas”, disse.
Entretanto, o que tem aumentado na Alego é a quantidade de servidores comissionados. Segundo reportagem do jornal O Popular, este ano começou com 3.711. Em junho já eram 4.572 em junho. Bruno Peixoto justificou que o crescimento é resultado das mudanças feitas nas regras de composição dos gabinetes dos deputados estaduais, que, após reforma administrativa aprovada em fevereiro, podem contar com até 95 comissionados. Antes, o limite era 58.
Segundo dados da Alego, atualmente existem cerca de 3.800 comissionados em gabinetes e escritórios de representação dos 41 deputados estaduais. A Casa enfatiza que a nomeação é de livre escolha e, exemplo do Congresso Nacional, não pode ser imposto concurso público nos gabinetes. Na Assembleia, cada deputado estadual pode contratar até 95 nomes (antes eram 45), dentro da cota mensal de R$ 88,7 mil.
Contudo, na administração direta da Casa são apenas 411 servidores concursados e mais de 1,1 mil comissionados. Bruno Peixoto disse que pediu uma análise para extinguir cargos comissionados da administração para a entrada dos concursados. Ele também frisa que o índice de gastos de pessoal da Alego é de 1,15%, da receita líquida, abaixo do índice de alerta de 1,35%.
Leia também: Deputados retomam atividades com polêmica