O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (UB), tenta de todas as formas ser a opção do governador Ronaldo Caiado (UB) para a eleição de prefeito em Goiânia no próximo ano. Apesar de todas as sinalizações de que seu nome não está entre as prioridades no Palácio das Esmeraldas. Aliás, que sequer ainda tem um nome viável para a capital em 2024.
O núcleo político do governador apostava em dois nomes para a Prefeitura de Goiânia: a advogada Ana Paula Rezende e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Não vingaram. Ela desistiu antes mesmo de confirmar uma pré-candidatura. Ele está atualmente impedido legalmente de ser candidato a prefeito pela terceira vez consecutiva.
Diante disto, o Palácio das Esmeraldas foi buscar outro nome no mercado político. Baseado em pesquisas qualitativas, mirou no ex-prefeito de Trindade e empresário, Jânio Darrot. Que, apesar de longa carreira no PSDB, há dois anos está filiado no MDB. Entretanto, se a sua candidatura for mesmo levada adiante, algo que ainda paira muitas dúvidas, seria pelo partido do governador. Algo sintomático.
Fila anda e nada
É que Bruno Peixoto tem se posicionado (e articulado muito) há algum tempo como pré-candidato a prefeito de Goiânia. E já está filiado no União Brasil, de Ronaldo Caiado. Esperava que, diante da impossibilidade de Ana Paula Rezende e Gustavo Mendanha de encabeçarem a chapa governista na capital, seria o próximo na fila palaciana. Mas o núcleo caiadista tratou de colocar outro nome na frente do deputado.
Entretanto, Bruno Peixoto não desistiu. Com a recente pesquisa Serpes realizada em Goiânia debaixo do braço, em que o coloca na quarta posição para a Prefeitura, zarpou para a China juntamente com a comitiva do governador. Serão dez dias em que terá oportunidades de conversar com Ronaldo Caiado. E tentar convencê-lo ao menos de considerar o seu nome para a eleição na capital.
Possibilidade real
Não será fácil. O governador já pediu, várias vezes, para que Bruno Peixoto desacelere o seu projeto eleitoral para Goiânia. Segundo palacianos, a justificativa é que Caiado precisa do deputado no comando da Alego até 2026. Alguns também falam em falta de confiança numa eventual gestão municipal, caso Bruno Peixoto seja eleito prefeito da capital.
Mas o deputado, calmamente, continua a apostar numa (única) possibilidade, que é real: Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, vice-governador e presidente estadual do MDB, ficarem sem opção para a eleição em Goiânia. Uma vez que continua descartado (até agora) apoiar a pré-candidatura do empresário e senador Vanderlan Cardoso (PSD).