Por unanimidade, os vereadores na Câmara de Goiânia aprovaram requerimento que aciona a Controladoria Geral do Município (CGM) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para esclarecimentos sobre o aporte de R$ 68 milhões da Prefeitura de Goiânia à Comurg. Segundo o Executivo, o repasse financeiro visa à recomposição do capital social da Companhia de Urbanização.
A autoria do requerimento é da vereadora Kátia Maria (PT). “A grande dúvida sobre essa questão é que, ao mesmo tempo em que solicita esse aporte, o Paço Municipal quer privatizar os serviços de limpeza urbana”, diz a petista. Ela também questiona a origem dos recursos e a forma como se dará a aplicação do montante na Comurg.
Kátia Maria também questiona o pregão eletrônico, lançado pelo município, para locação de caminhões compactadores de lixo, com motorista. “Não existem informações da quantidade de caminhões que seriam alocados, bem como as reais necessidades da companhia em realizar o serviço de coleta”, afirma.
Entretanto, aprovado pela Comissão de Finanças, o projeto de lei que autoriza o aporte à Comurg pode seguir para segunda votação na próxima semana no plenário da Câmara de Goiânia. A Prefeitura enviou projeto pedindo autorização de abertura crédito especial de R$ 68,4 milhões para a companhia. Afirma que esse montante terá origem no cancelamento de outras dotações orçamentárias que não são prioridades para este ano. Além de ser uma obrigação da Prefeitura, a integralização do capital social também é importante para dar à empresa maior capacidade financeira, justifica o Executivo.
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