As multas de trânsito por trafegar em faixa exclusiva de ônibus somaram, somente neste ano, o total de 66,5 mil. E estão em crescimento: em 2021 e 2022 foram registradas, respectivamente, 54,3 mil e 94,3 mil autuações respectivamente, todas por meio de equipamento eletrônico. Segundo a legislação vigente, transitar pela faixa exclusiva é infração de natureza gravíssima com multa no valor de R$ 293,47 e perda de sete pontos na carteira de habilitação.
“Esse número coloca a infração em segundo lugar no raking de autuações na capital, perdendo apenas para o excesso de velocidade. Este é um número que preocupa, pois além do nosso trabalho educativo precisamos contar com o bom senso e respeito às leis de trânsito por parte dos condutores”, explica o secretário municipal da Mobilidade, Marcelo Torrubia.
Desde que foram implantadas em 2012, as faixas exclusivas para ônibus reduziram significativamente a letalidade no trânsito de Goiânia, além de significarem um ganho no tempo de viagem dos ônibus. No corredor da Avenida T-63, por exemplo, a fluidez aumentou de 14% a 26% em horários críticos.
Corredores
O funcionamento da faixa exclusiva de ônibus em Goiânia (Avenida 85, Avenida T-63, Avenida T-7 e Corredor Universitário) é simples e obedece às regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para acessar uma garagem, um estabelecimento comercial ou realizar conversão à direita para as ruas transversais àquelas vias com faixas exclusivas, o motorista deve notar a linha tracejada pintada no asfalto.
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) frisa que a sua gestão está licitando a construção de 10,4 quilômetros do corredor preferencial de ônibus da T-7 e revitaliza o corredor da Avenida T-9 pelo Programa 500 km, que também beneficiará o corredor da Avenida 85. “A intenção é melhorar cada vez mais a mobilidade em nossa cidade”, diz.
Segundo levantamento do Mova-se Fórum de Mobilidade, divulgado no ano passado, Goiânia tem apenas 2% das vias preferenciais ou exclusivas para ônibus dos quase 2.750 km utilizados pelo transporte coletivo da capital. A entidade defende ampliar esse quantitativo para ao menos 15%. Com vias exclusivas, os ônibus aumentam a velocidade em até 80%.
Com a conclusão do BRT Norte/Sul, entre o Terminal Recanto do Bosque e o Terminal do Cruzeiro, em Aparecida de Goiânia, a capital contará com 121 linhas conectadas, 36 estações e uma velocidade média entre 22 e 26 km/h. A operação, com uma extensão de 29,6 km, resultará em uma redução considerável no tempo de viagem. Uma ação que impactará a vida de 150 mil pessoas todos os meses.
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