O ministro Paulo Guedes (Economia) disse hoje para deputados que a economia brasileira está decolando, contra todas as expectativas, melhor do que muitos países mais desenvolvidos, e o PIB deve crescer entre 5 e 5,5% neste ano. “O Brasil já está de pé, já está decolando outra vez, numa boa velocidade, contra todas as expectativas. Isso está acontecendo com todos os indicadores nossos. Isso está acontecendo na arrecadação, que está vindo bem acima do esperado. Isso está acontecendo na produção industrial, isso está acontecendo no consumo de energia elétrica, no consumo de combustíveis. Então o Brasil se levantou novamente, e eu digo que isso é uma demonstração de resiliência da democracia brasileira”, afirmou.
O ministro atribui parte dos resultados à concessão de benefícios como o auxílio emergencial. De acordo com Guedes, é a própria pandemia que “dá o timing” do pagamento do auxílio e, portanto, em novembro e dezembro o benefício já deverá ser extinto, com o retorno do pagamento do Bolsa Família.
É fato que a economia brasileira tem potencial para crescer neste ano mais de 5%. Mas, isto não indica que o PIB está em trajetória de decolagem, como prega Paulo Guedes. É que a base de comparação, com 2020, favorece este prognóstico. No ano passado o PIB brasileiro sofreu um tombo de 4,2%, o maior registrado na séria histórica atual do IBGE, iniciada em 1996. Além disso, alguns fatores preocupam economistas: inflação e juros em alta, principalmente.
Quanto à reforma tributária, Paulo Guedes afirmou que é uma redistribuição de encargos: “Quando nós encontramos uma nova base de incidência, que são os dividendos, você pode reduzir os impostos para empresas e para assalariados. Não adianta jogar impostos em cima de 30 milhões de brasileiros com renda relativamente baixa, enquanto do outro lado 20 mil proprietários de capital receberam R$ 400 bilhões de dividendos e tiveram uma isenção de R$ 50 ou $60 bilhões”, disse.