Os investimentos realizados pelas concessionárias de rodovias federais atingiram recorde de R$ 11,3 bilhões em obras em 2023. Isto representa aumento de 18,9% em comparação com 2022. Segundo dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Considerando as despesas com manutenção, além dos investimentos em bens de capital (capex), o montante total investido no ano passado chegou a R$ 18 bilhões. Segundo a ABCR, trata-se de um recorde, com aumento de 11% em relação a 2022.
O presidente da entidade, Marco Aurélio de Barcelos, destacou que isso é uma continuação do que foi contratado, especialmente na quarta etapa de concessões federais. O crescimento reflete o progresso do programa de concessões do país, especialmente as sucessivas ondas de leilões rodoviários realizadas nos últimos anos.
Grande parte dos investimentos provém de empresas como CCR e Ecorodovias. Os dois grupos dominaram as licitações federais recentes. Os projetos leiloados e atualmente em fase de construção incluem várias rodovias federais, muitas delas passando por Goiás.
Como a Ecovias do Araguaia (BR-153 de Goiás a Tocantins) e a Ecovias do Cerrado (BR-364 e BR-365 de Goiás a Minas Gerais). Além da CCR Via Costeira (BR-101 em Santa Catarina) e a CCR ViaSul (BR-290 e BR-448 no Rio Grande do Sul), entre outros.
Perspectivas
Para 2024, um fator que pode impulsionar os investimentos são as repactuações conduzidas pelo Ministério dos Transportes em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU). “Neste ano deverá haver já um efeito das otimizações, porque a ideia é justamente antecipar as obras”, afirmou Barcelos.
Além das repactuações, outro desafio para as companhias do setor é garantir que o ritmo de investimentos continue avançando por meio dos próximos leilões. O Ministério dos Transportes tem planos de realizar até 13 licitações em 2024, meta considerada ambiciosa pelo mercado.
Até o momento, apenas um leilão rodoviário do governo federal está marcado, da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, considerado atrativo pelo setor. Para impulsionar o pacote de concessões federais, Barcelos ressaltou a importância de revisar os projetos para melhorar a atratividade, ajustando a matriz de riscos e as taxas internas de retorno dos projetos.
Saiba mais: ANTT conclui relatório sobre concessão de rodovias em Goiás