O presidente Jair Bolsonaro começou a cobrar a fatura dos partidos que têm cargos importantes no governo federal e, na visão do Palácio do Planalto, não têm demonstrado a lealdade desejada. Muito menos, sinalizado claramente apoio à reeleição do presidente. Um dos alvos é o PSD, que tem Jarbas Valente na presidência da Eletrobras. Ele está na corda bamba e pode ser substituído a qualquer momento.
O objetivo é pressionar Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, a declarar apoio para Bolsonaro. E também ajudar com a bancada de deputados e senadores no Congresso Nacional, onde o presidente tem sangrado muito nos últimos meses, especialmente com a CPI da Pandemia. Internamente, no entanto, a pressão não mudou a orientação no PSD de manter distância do governo.
Kassab tem dado entrevistas críticas a Bolsonaro. Questiona, inclusive, a sua capacidade de disputar com chances de vitória a reeleição em 2022. Deputados do partido conversaram sobre a pressão ao longo do dia e decidiram manter o distanciamento do governo. Mesmo que isso custe cargos que o partido tem. Até o momento, esse afastamento não significa boicotar a pauta econômica.