A manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), convocada por ele próprio nas redes sociais, reuniu na tarde deste domingo (25/2) cerca de 185 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Segundo levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). Isto, no ápice do evento, que ocupou cerca de 7 quarteirões da via. Os apoiadores de Bolsonaro falaram de 500 a 700 mil pessoas durante toda a manifestação.
Em discurso, o ex-presidente defendeu anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro. “O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. Pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil”, disse.
Bolsonaro relembrou a sua carreira política, o atentado sofrido durante a campanha de 2018 e “aquilo que aconteceu em outubro de 2022” – em referência à eleição em que foi derrotado ao tentar se reeleger. “Vamos considerar isso uma página virada na nossa história”, afirmou. O ex-presidente, então, disse ser perseguido e negou estar envolvido em qualquer tentativa de golpe de Estado.
“O que é golpe? Golpe é tanque na rua. É arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado. Empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. Fora isso, por que continuam me acusando de golpe? Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição?”
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