A primeira intervenção do Banco Central (BC) no câmbio em quase 16 meses surtiu pouco efeito no preço do dólar. A moeda norte-americana chegou a cair no início do dia, mas ganhou força durante a tarde e fechou estável.
A Bolsa de valores recuperou-se parcialmente da queda das últimas semanas e fechou em alta, na contramão do mercado externo.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (2/4) vendido a R$ 5,058, com queda de apenas 0,02%. A cotação chegou a R$ 5,06, antes de fechar na estabilidade.
Apenas dos dois primeiros dias de abril, a moeda norte-americana subiu 0,86%. Em 2024, a divisa valoriza-se 4,22%.
O BC vendeu US$ 1 bilhão em swap cambial, na primeira intervenção da autoridade monetária no governo do presidente Lula. A última vez em que o órgão tinha atuado no câmbio foi em dezembro de 2022.
Fator EUA
O dólar não tem subido apenas por causa de fatores internos.
Dados recentes de aquecimento nos Estados Unidos têm feito os investidores adiarem para julho a expectativa para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos norte-americano) comece a cortar os juros básicos da maior economia do planeta.
Juros altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Os investidores preferem aplicar o dinheiro em títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo, pressionando o dólar para cima em outros países.