A taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil caiu ao menor nível desde novembro do ano passado, segundo o Imperial College de Londres. O número hoje está em 0,88. Isso significa que, em tese, cada grupo de cem pessoas infectadas contamina outras 88, o que indica uma desaceleração da doença no país. Ontem foram registradas 1.613 mortes, elevando o total a 535.924. A média móvel em sete dias ficou em 1.273 óbitos, completando três dias abaixo de 1.300.
O patamar, porém, ainda é considerado muito alto. A Covid-19 foi a principal causa de mortes no Brasil em junho de 2021. Considerada a média mensal dos últimos 5 anos, o vírus matou mais do que qualquer outra causa –seja doença, homicídio ou suicídio. Foi o sétimo mês seguido que o coronavírus liderou as causas de mortes no País. As mortes no mês (39.706) superam a soma das vítimas pelas duas maiores causas depois do vírus: câncer e doença cerebrovascular (juntas mataram, em média, 27.442).
Outra boa notícia é que, segundo pesquisa do Datafolha, 94% dos brasileiros são favoráveis à vacina. Entre os ouvidos, 56% disseram já terem se vacinado com ao menos uma dose e 38% afirmaram que pretendem se vacinar. Só 5% são contrários à imunização.
Mas eis que surge outro motivo de preocupação. Pesquisadores da Unicamp afirmam que a CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, tem pouca eficácia contra a variante Gama, identificada inicialmente em Manaus. Além de “driblar” os anticorpos produzidos pela vacina, a Gama também evita os de outras cepas, aumentando a chance de reinfecção.