Em meio a incertezas sobre a condução do ministro Fernando Haddad na Fazenda, o presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (12/6) que o Brasil tem estabilidade política e econômica “de sobra para oferecer”. E disse que o governo está “arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal”.
Em seguida, defendeu o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros para permitir “a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público”.
A indicação de que o cumprimento da meta fiscal depende primordialmente do aumento da arrecadação e a percepção de enfraquecimento político de Haddad contribuíram para a alta do dólar ontem, que fechou a R$ 5,40.
Pouco mais de uma semana após inaugurar um novo modelo de articulação política, o governo se vê em mais uma crise, que incluiu devolução de parte da MP da Compensação pelo Congresso.
A desarticulação entre ministros e auxiliares de Lula continua. E a insatisfação de deputados e senadores chegou a Haddad, até então poupado, por enviar ao Congresso uma medida sem negociar antes com os principais nomes da Câmara e do Senado.
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