Preocupações com a saúde fiscal do país voltaram a incomodar o mercado financeiro, após entrevista do presidente Lula (PT) em que ele questionou a necessidade de cortar gastos.
“O problema não é que tem que cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se precisa aumentar a arrecadação. Temos que fazer essa discussão”, afirmou.
O petista também disse que “enquanto for presidente” não desvinculará o aumento de pensões e do Benefício de Prestação Continuada, concedido a idosos e deficientes de baixa renda, do reajuste do salário mínimo.
Essa é uma das medidas avaliadas pela equipe econômica para gerar uma folga fiscal. O mercado reagiu e o dólar fechou cotado a R$ 5,519, maior valor desde janeiro de 2022.
Apoio a Haddad
Ainda no campo econômico, Lula reiterou sua confiança no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que o atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, cotado para a presidência da autarquia no lugar de Roberto Campos Neto, é altamente preparado.
Mas ressaltou que ainda não está pensando na sucessão no BC. “Não indico o presidente do BC para o mercado, indico para o Brasil, ele terá que tomar conta dos interesses do Brasil. E o mercado terá que se adaptar a isso”, disse Lula, que não poupou críticas à atual taxa de juros.
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