Prefeituras de 30 municípios goianos buscaram dinheiro emprestado para realizar obras e investimentos no último ano de mandato, segundo informação do jornal O Popular, com base em dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
A maior parte dos prefeitos, no entanto, não conseguiu vencer as etapas formais a tempo de assinar o contrato antes do prazo de seis meses para o fim do mandato.
Os empréstimos buscados por municípios goianos somariam pelo menos R$ 2,1 bilhões, mas apenas R$ 109 milhões estavam aptos à liberação até o fim de junho, prazo final para a assinatura de contratos.
Goiânia e Aparecida
Goiânia e Aparecida de Goiânia são de longe as cidades com as maiores frustrações em relação aos valores pretendidos. A operação de crédito almejada pelo prefeito da capital, Rogério Cruz (SD), de R$ 710 milhões, segue com situação “em análise”.
Aparecida busca US$ 120 milhões (cerca de R$ 678 milhões) pelo Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS, mas o pedido segue em análise. O município também formalizou pedido de R$ 300 milhões junto ao Banco do Brasil.
O presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Haroldo Naves (MDB), defende a contratação de empréstimos por prefeituras como alternativa para realização de investimentos e aponta os “prazos burocráticos” como motivo para a solicitação de 30 cidades por operações de crédito em ano eleitoral.