O governo está pronto para anunciar ainda nesta semana o pacote de corte de gastos. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que discutiu nesta segunda-feira (4/11) as medidas durante por mais de três horas com o presidente Lula (PT).
Participaram também titulares de pastas que podem ser afetadas pelos ajustes: Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde) e Luiz Marinho (Trabalho), além dos ministros da Junta de Execução Orçamentária, Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Simone Tebet (Planejamento).
O encontro no Palácio do Planalto terminou sem anúncio. Em seguida, o Ministério da Fazenda informou em nota que, na reunião, “o quadro fiscal do país foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão”. Disse também que outros ministérios serão chamados hoje pela Casa Civil “para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações”.
Mais cedo, após reunião de Haddad com Lula para tratar de assuntos do G20, o ministro disse que as medidas estavam adiantadas “do ponto de vista técnico”, mostrando otimismo de um desfecho nos próximos dias.
Mercado na espera
A expectativa do mercado em relação às conversas da equipe econômica com o presidente Lula sobre o corte de gastos impulsionou o Ibovespa e derrubou o dólar. O principal índice da Bolsa brasileira encerrou o dia ontem com alta de 1,87%, aos 130.514,79 pontos. Essa é a maior alta em um só dia desde os 2,21% de 6 de fevereiro passado. Já o dólar comercial caiu 1,48%, a R$ 5,78.