O Republicanos definiu que o deputado federal João Campos será candidato a senador em 2022 e busca espaço na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM), conforme o ENTRELINHAS mostrou na semana passada. Mas caso o partido não consiga assegurar seu espaço na majoritária, o parlamentar pode ficar numa situação política delicada. É que o Republicanos está literalmente fazendo a fila andar dentro da sigla ao lançar a candidatura de Campos para o Senado e voltar atrás para concorrer a um sexto mandato de deputado federal pode não ser uma opção.
Como o Republicanos funciona numa lógica eleitoral que se fundamenta na estrutura e nos fiéis da Igreja Universal para garantir os votos, as bases de Campos junto à sigla já estão sendo transferidas para o deputado estadual Jeferson Rodrigues, que será a maior aposta do partido em Goiás para a Câmara dos Deputados. Já as bases que Jeferson teve para se tornar deputado estadual, por sua vez, ficariam com a primeira-dama de Goiânia, Thelma Cruz, que deve tentar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Ou seja, uma candidatura de Campos a federal poderia não contar com boa parte da estrutura que teve em outras disputas, ainda que ele seja ligado à Igreja Assembleia de Deus e tenha ampla base junto à Segurança Pública. A Prefeitura de Goiânia ampliou o potencial de votos do Republicanos, mas não se sabe se ao ponto de garantir a eleição de dois deputados federais dentro da mesma base.
Para ser candidato ao Senado, o deputado do Republicanos tem que superar concorrentes de peso. A princípio, também estão cotados para disputar o Senado na aliança caiadista o ex-ministro Henrique Meirelles (PSD), o ex-governador Iris Rezende (MDB) e o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, caso a aliança do partido com Caiado se concretize e Daniel não concorra a vice.