Em termos econômicos, o terceiro mandato do presidente Lula tem cada vez mais a cara do segundo mandato de Dilma Rousseff, segundo o Deutsche Bank. No relatório Emerging Markets Outlook 2025, o banco alemão resume o capítulo sobre o Brasil com o título Dilma II, Reloaded.
E faz uma avaliação dura sobre as condições econômicas do país, afirmando que é um dos mais vulneráveis entre os emergentes diante das dificuldades no crescimento e nas reformas fiscais.
Para o banco alemão, o pacote fiscal anunciado na semana passada “indica que o atual presidente favorece o aumento das transferências para atingir a classe média às custas da sustentabilidade fiscal e da inflação”.
Política fiscal
“Historicamente, a inflação e o câmbio no Brasil têm sido intimamente associados à política fiscal. O aperto de 7,25% em 2013 para 14,25% em 2014 seguiu o fracasso fiscal durante o governo Dilma, quando superávits primários de 2% do PIB deram lugar a déficits primários que atingiram 3% do PIB quando a economia afundou em 2016”, lembram os economistas.
Em outra comparação com o governo Dilma, dizem que a atual gestão “tem sido uma combinação de políticas baseadas na demanda para aumentar a popularidade”.