O dreno intracraniano colocado no presidente Lula na terça-feira foi retirado no início da noite desta quinta-feira (12/12), segundo boletim médico divulgado pelo hospital Sírio-Libanês. Lula, que segue na UTI, “permanece lúcido e orientado, conversando normalmente, alimentou-se bem e recebeu visitas de familiares”.
Mais cedo, o presidente passou por embolização da artéria meníngea média, para evitar novo sangramento no local. Os médicos avaliaram que o procedimento, que durou menos de uma hora, foi um “sucesso” e que a previsão de alta continua sendo no início da semana que vem.
O sangramento que levou Lula emergencialmente à mesa de cirurgia foi grave. O hematoma pressionava o cérebro do presidente e poderia ter levado o petista ao coma. O empresário José Seripieri Filho, dono da Amil, foi quem avisou a Kalil que o presidente não estava bem. Eles tiveram uma reunião fora da agenda oficial da Presidência e que não foi registrada até o momento.
O médico Roberto Kalil Filho repetiu que o petista não terá nenhuma sequela. “Ele está neurologicamente perfeito e se manteve sempre sereno, seguindo as recomendações. Mas quem trabalha com a mente nunca para”, disse Kalil. “Ele está normal e apto a praticar qualquer ato, pois está cognitivamente íntegro. A única recomendação médica é que não se esforce física e mentalmente.”
Pesquisa
Lula lidera em todos os cenários simulados de segundo turno para as eleições de 2026, segundo pesquisa Quaest. Ele venceria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, além de outros possíveis adversários, como Pablo Marçal (PRTB-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).
Apesar disso, 52% dos entrevistados acham que Lula não deveria concorrer. Para eles, o substituto ideal seria Fernando Haddad, que venceria os mesmos adversários, mas com margens mais apertadas.