A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta nesta sexta-feira (24/1) sobre a baixa procura por vacina contra a dengue. O imunizante está disponível para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente.
Apenas metade das doses distribuídas pelo Ministério da Saúde para estados e municípios foi aplicada. De acordo com a pasta, de 2024 a 20 de janeiro de 2025, foram distribuídas 6.370.966 doses. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indica que 3.205.625 foram aplicadas até o momento.
Em 2024, o país teve registro recorde de dengue: 6.629.595 casos prováveis e 6,1 mil mortes. Estão ainda em investigação 761 óbitos. Os dados fazem parte do painel de monitoramento do Ministério da Saúde e traz informações até 28 de dezembro de 2024. Em 2025, são 101.485 casos prováveis e 15 mortes confirmadas.
Vacina
A vacina contra a dengue, Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começou a ser distribuída no país em fevereiro de 2024.
Por causa da capacidade limitada do fabricante, a quantidade de doses adquiridas pelo governo brasileiro precisou ser restrita ao público-alvo de crianças de 10 a 14 anos. Faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa.
A Qdenga é aplicada em duas doses com intervalo de 90 dias. A presidente da SBIm, Mônica Levi, destaca que o Brasil foi o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue na rede pública. No entanto, lamenta o que classifica como “baixa procura”. Ela ressalta que a Qdenga é um imunizante seguro e eficaz.
Ela reforça o benefício de completar o ciclo de duas aplicações. “A segunda dose é responsável, principalmente, pela proteção de mais longa duração, de pelo menos mais quatro anos e meio”, explica.
Goiás
O governador Ronaldo Caiado lançou nesta sexta-feira (24/1) uma campanha contra a dengue na Região Metropolitana de Goiânia. Ele disse que o governo de Goiás tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti em todo território goiano. E que em Goiânia e Aparecida haverá uma somatória de forças para garantir “resultados práticos”.
Até o fim do mês, equipes das duas prefeituras farão a remoção de lixo, entulho, roçagem e outras ações de limpeza urbana. Paralelo a isso, agentes comunitários de saúde farão visitas domiciliares, com orientações sobre o combate ao mosquito. Moradores das duas cidades receberão informações sobre os locais de atendimento de saúde e a importância de realizar o tratamento da doença de forma correta.