A arrecadação do governo federal fechou o ano em R$ 2,7 trilhões, informou nesta terça-feira (28/1) a Receita Federal. É o maior valor registrado na série histórica, iniciada em 1995.
Descontada a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o arrecadado ficou em R$ 2,653 trilhões, o que representa um crescimento real de 9,6% em 2024, na comparação com o ano anterior.
As maiores altas nominais de arrecadação em 2024 se deram nas áreas de comércio atacadista, que recolheu R$ 171,2 bilhões; entidades financeiras, R$ 288,6 bilhões; combustíveis, R$ 105,3 bilhões; setor financeiro, R$ 86 bilhões; e fabricação de automóveis, com R$ 63,9 bilhões.
Economia
Segundo a Receita, o aumento decorreu principalmente da expansão da atividade econômica e do retorno da tributação sobre os combustíveis, entre outros fatores.
“Os grandes números refletem os resultados importantes da política econômica nos últimos anos, da reativação da economia que vimos no ano passado e que resulta nesse resultado espetacular. Tivemos a reativação de setores inteiros da economia que, com esse aquecimento, voltaram a recolher valores relevantes de tributos”, disse o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
Também contribuíram para a arrecadação recorde o crescimento da arrecadação do Imposto de Renda (IRRF Capital) sobre a tributação de fundos. Além do desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à Importação, em razão do aumento das alíquotas médias desses tributos.
Tributos
A arrecadação da Cofins/PIS-Pasep somou R$ 541,7 bilhões, um aumento de 18,6% em relação ao ano de 2023. As contribuições previdenciárias fecharam em R$ 685 bilhões, crescimento de 5,3%; Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado, com arrecadação de R$ 109,6 bilhões, aumento de 33,7%.
O IRRF-Rendimentos de capital fechou o ano passado com arrecadação de R$ 146,5 bilhões, crescimento de 13,1%. Já o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram R$ 502,7 bilhões, alta de 2,8%.