Dois grandes partidos, que atualmente fazem parte da base do presidente Lula (PT) e integram o seu governo, podem mudar de lado e apoiarem um candidato do centro-direita na eleição presidencial de 2026: o PSD e o Progressistas (PP). Segundo informação do jornal O Globo.
Nas últimas semanas, lideranças desses dois partidos têm feito declarações mais hostis ao governo Lula. E também ao próprio presidente petista. Deixando claro que estariam abertos para novos diálogos visando as eleições de 2026.
Ao mesmo tempo, o União Brasil prepara o lançamento da pré-candidatura presidencial do governador goiano Ronaldo Caiado, marcado para 28 de março, em Salvador (BA).
Mas não é apenas o goiano que está cotado para liderar uma frente da oposição em 2026. Outros nomes citados são dos govenadores Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP) e Ratinho Júnior (PSD/PR).
Reação petista
Entretanto, o presidente Lula demonstra que deve reagir. E, claro, usar o governo (e seus ministérios) para acomodar os atuais aliados. Há uma expectativa de que o petista promova uma reforma ministerial nas próximas semanas.
Portanto, para o Palácio do Planalto, as recentes declarações de lideranças do PSD e PP têm mais o objetivo de pressionar o governo (por mais cargos) do que realmente deixar a sua base.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que chegou a afirmar que vê muita dificuldade para uma reeleição de Lula, depois disse que torce pelo sucesso do petista.
É incomum partidos com espaços relevantes em governos abraçarem outra candidatura na eleição seguinte. Mas também não é raro. Depende, principalmente, dos espaços que ocupam nos governos e da expectativa de vitória nas urnas.
Vice de Lula
Enquanto isso, alguns partidos mais de centro-esquerda buscam se cacifar na base do presidente Lula. Inclusive, de olho na vaga de candidato a vice-presidente na chapa petista de 2026.
O PSB quer manter o ministro Geraldo Alckmin como vice-presidente, numa aposta de que ele poderá ser o sucessor de Lula em 2030.
Contudo, deve enfrentar um forte concorrente: o MDB. A legenda tem hoje três ministérios no governo Lula. Destes, dois ministros são cotados para a vice do presidente: Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento). Além deles, o governador do Pará, Helder Barbalho.