A desigualdade na vacinação pode desacelerar a recuperação econômica global. A conclusão é do FMI, que manteve sua previsão de um crescimento global de 6% este ano, mas alertou que novas ondas de infecções, incluindo a propagação da variante Delta, tornaram as perspectivas mais incertas e irregulares — inclusive para os países que já estão em trajetória de recuperação. A desigualdade entre os países deve se intensificar: cortou 0,4 ponto percentual de sua previsão de crescimento para as economias emergentes e em desenvolvimento neste ano, para 6,3%. Enquanto aumentou para 5,6% para países desenvolvidos.
As projeções brasileiras, no entanto, melhoraram. O FMI espera alta de 5,3% da economia do país este ano — elevação de 1,6 ponto percentual de sua estimativa em abril. A melhora é por conta de resultados de atividade econômica acima do esperado no primeiro semestre e demonstração de força de exportações, em especial de commodities. Para 2022, porém, o FMI cortou sua previsão de crescimento em 0,6 ponto, para 1,9%.