Quanto mais a Prefeitura de Goiânia tenta explicar a viagem misteriosa do prefeito Rogério Cruz a São Paulo no dia 12 de julho, em jatinho fretado e coberta de sigilos, mais estranha a história fica. Depois de dizer inicialmente que a viagem tinha sido para o prefeito “conhecer projetos de tecnologia a fim de modernizar e desburocratizar a prestação de serviços à população” e depois informar que o objetivo era discutir com uma empresa paulista a realização de um grande evento em Goiânia (no meio de uma pandemia), agora a Prefeitura informou que a viagem foi para “tratar primordialmente de assuntos pessoais” e que Rogério Cruz aproveitou a estadia para verificar os “projetos de tecnologia” para a cidade. Não há detalhes sobre quais seriam esses projetos.
A última resposta é assinada pelo chefe de Gabinete do prefeito, José Alves Firmino, e foi dada à jornalista Fabiana Pulcineli, do Popular, que pediu os dados via Lei de Acesso à Informação (LAI). O auxiliar diz que a viagem não teve custos aos cofres públicos e que o prefeito viajou sozinho. Não foi informado o gasto, mas a locação de um jatinho para ir até a capital paulista não sai por menos de R$ 20 mil. O salário do prefeito é de R$ 27 mil. Ainda como vice-prefeito eleito da capital, Rogério Cruz fez algumas viagens a São Paulo para se reunir com a cúpula da Igreja Universal, da qual é pastor licenciado.