O Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) de Goiás, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018, foi de 0,166. Ficou abaixo da média nacional (0,158), mas foi o décimo menor do país. Os dados foram divulgados hoje (26/11) pelo IBGE, que estudou questões referentes à perda de qualidade de vida e índice de desempenho econômico das famílias residentes no País. Outra variável estudada pela POF foi a Renda Disponível Familiar per capita, que em Goiás foi de R$ 1.667,32, o nono maior do Brasil. A média nacional foi de R$ 1.650,78.
O IPQV vai de 0 a 1, sendo 0 o indicador com nenhuma perda de qualidade de vida e 1 com perda máxima na qualidade de vida. Foram levantados 50 indicadores em moradia, serviços de utilidade pública, saúde e alimentação, educação, acesso aos serviços financeiros e padrão de vida, lazer e transporte.
A perda de qualidade de vida em Goiás reduz o valor da sua medida de desempenho socioeconômico em 16,6% (R$ 276,44), resultando em R$ 1.390,88. As maiores contribuições, no Estado, para o índice de desempenho socioeconômico foram transporte e lazer (21,5%) e educação (17,4%). No Brasil, por sua vez, as dimensões com maiores contribuições foram o acesso a serviços financeiros e padrão de vida (19,5%) e da educação (19,1%).
A perda da qualidade de vida é calculada como uma função de uma lista de atributos e cada um é representado por uma variável binária 0 ou 1, onde 1 indica que a pessoa ou a família sofre determinada privação. O índice de perda de qualidade de vida atua como um identificador das perdas (ou privações) as quais as pessoas sofreram. Ocorrem porque as famílias têm dificuldades em transformar integralmente todos os seus recursos e as suas aquisições de bens e serviços em qualidade de vida. As características das famílias e dos seus membros, aspectos da sociedade e da localização de onde vivem, além dos bens e serviços adquiridos, são os principais fatores que afetam a conversão de todos os recursos em qualidade de vida das famílias.