Aumentaram nos últimos dias o rumores no meio politico de uma possível pretensão do senador Vanderlan Cardoso (PSD) de disputar o governo do Estado no ano que vem. E mais: com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). O próprio senador nunca sinalizou nada nesse sentido e sempre manifestou desejo de disputar o cargo em 2026. Mas o fato é que ele está cada dia mais próximo do Palácio do Planalto e aparenta se distanciar do Palácio das Esmeraldas.

A suposta costura aconteceria por meio de uma filiação de Vanderlan no PL. No entanto, o partido já está sendo disputado por dois pré-candidatos a governador: o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), e o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL). A direção estadual da sigla tem uma preferência escancarada por Mendanha. Já Bolsonaro manifestou ontem seu apreço pela candidatura de Vitor Hugo, embora tenha feito a ressalva de que é preciso saber antes se o aliado é um nome competitivo.

Vanderlan estava trabalhando nos últimos meses para emplacar a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles (PSD) ao Senado, de preferência na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM). Já havia declarado apoio à reeleição do democrata. Nos últimos dias, no entanto, passou a colocar dificuldades em apoiar Caiado, pela composição do governador com o MDB, que indicou Daniel Vilela como vice.

Uma candidatura a governador de Vanderlan, no entanto, teria muitos obstáculos para se consolidar. A começar dentro do seu partido, que tem como prioridade a candidatura de Henrique Meirelles ao Senado. No PL ele teria que dobrar a vontade do diretório estadual de apoiar Mendanha e convencer Bolsonaro a tirar Vitor Hugo do caminho.

Sem falar que acabaria dividindo os votos de oposição com Mendanha e talvez com o PSDB de Marconi Perillo, além de ter que explicar o rompimento com mais um aliado (no caso, Caiado) e superar os desgastes da última campanha eleitoral em Goiânia, na qual foi derrotado por Maguito Vilela (MDB). Não é pouca coisa.