Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 65% dos brasileiros são a favor da exigência do passaporte da vacina para ter acesso a eventos e estabelecimentos comerciais. Somente 22% são contra a medida. O mesmo levantamento mostra que a prática, no entanto, não está disseminada pelo País. Somente 18% dos entrevistados já tiveram que comprovar a vacinação para entrar em algum local.
Com a pesquisa em mãos e com receio de uma nova onda da pandemia no Brasil, a indústria começa a sinalizar apoio a medidas mais duras. “O crescimento econômico, a geração de emprego e renda serão mais intensos na medida em que conseguirmos acabar com a pandemia. A vacinação em massa foi determinante para contermos a disseminação do vírus. Nesse sentido, a CNI apoia todas as medidas que ajudam no combate à Covid-19”, afirmou o presidente da entidade, Robson Andrade.
Esta semana a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a cobrar comprovante de vacinação dos viajantes que chegam de voos internacionais e também nas fronteiras, após determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Fiocruz também defende o mecanismo como forma de reduzir a contaminação.
Quanto ao uso de máscaras, que deixou de ser obrigatório ao ar livre em vários municípios, 49% dos entrevistados se manifestaram contra a queda a exigência do equipamento de proteção e 39% são favoráveis às medidas que tornam o uso facultativo. Outros 10% não são nem a favor nem contra e 2% não sabem responder. Vale destacar que, segundo o levantamento, as pessoas que não se vacinaram são as mais favoráveis ao fim da obrigatoriedade de máscaras. Entre eles, o porcentual é de 50%, contra 38% daqueles que estão totalmente imunizados.
A pesquisa foi feita Instituto FSB Pesquisa e ouviu presencialmente 2.016 brasileiros com idade superior a 16 anos, em todas as unidades da federação, entre os dias 18 e 23 de novembro.