Em meio a atraso generalizado na execução das maiores obras herdadas pela atual gestão municipal, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), aponta um culpado: a Lei de Licitações. Em coletiva à imprensa hoje, no Paço Municipal, Rogério disse que o aumento do custo da construção civil nos últimos meses e o limite para aditivos previstos pela lei dificultam a execução dos projetos.
“Todos sabem que aditivos têm limite de até 25%. Cito o exemplo da Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Guanabara. O casal dono da empresa solicitou aditivo. No entanto, a prefeitura já havia dado 22%. Pudemos entregar mais 3%. A empresa foi lá, fez a limpeza e foi embora. Abandou novamente. A Lei de Licitações nos causa alguns problemas”, afirmou Rogério Cruz. De janeiro a novembro deste ano, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 13,46%, maior patamar desde 2003.
Rogério herdou um grande conjunto de obras em execução deixadas pela gestão Iris Rezende. A maior parte delas com recursos assegurados em caixa. Mas algumas, como o prolongamento da Avenida Leste-Oeste e a conclusão da Marginal Cascavel, enfrentam problemas jurídicos, como remoção de famílias que ocuparam áreas públicas no passado, caso da Leste-Oeste. No início do mandato, o prefeito chegou a anunciar que entregaria o complexo viário da Jamel Cecílio no primeiro semestre deste ano, mas agora a previsão de conclusão agora ficou para meados de 2022.
Outro problema recente é com o BRT Norte-Sul. O consórcio de empresas que estava executando o trecho que vai do Terminal Isidoria até o Terminal Cruzeiro entregou a obra e agora a Prefeitura terá que fazer uma nova licitação.