As tentativas de homenagear ao ex-governador Iris Rezende, morto no dia 09 de novembro de 2021, estão gerando desgastes e ruídos desnecessários para um nome de tanta relevância para Goiás. Hoje o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) vetou o projeto aprovado pela Câmara Municipal que mudava o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado. O veto foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial. A proposta era do vereador Clécio Alves (MDB) e foi motivo de críticas dos comerciantes da região, que alegaram que a via era uma referência no comércio de produtos agropecuários no País e que a mudança iria gerar confusão e também custos financeiros, já que obrigaria esses lojistas a gastarem com taxas de cartório e material publicitário para modificar o endereço.
Na justificativa para o veto, a Procuradoria Geral do Município afirma que, embora a homenagem seja justa, a proposta de mudança do nome não é um desejo expresso dos moradores e comerciantes da região e citou a necessidade de haver um abaixo-assinado nesse sentido. A própria PGM afirma no parecer que a Lei Orgânica do Município permite substituir nomes de logradouros públicos que homenageam figuras da ditadura militar, mas que ainda assim é necessária a consulta aos proprietários de imóveis na via.
Assim que a lei foi aprovada na Câmara, entidades ligadas ao comércio articularam o veto junto ao prefeito Rogério Cruz. Expuseram que a Castelo Branco é uma avenida de referência para a cidade e que a troca do nome traria vários transtornos para eles e para os goianienses. O prefeito se comprometeu a vetar a matéria. A tentativa de homenagear Iris já rendeu outra polêmica ainda não solucionada: a mudança do nome do aeroporto Santa Genoveva, apresentada pelo senador Luiz Carlos do Carmo (MDB) e já aprovada no Senado.
A proposta de batizar o aeroporto de Iris Rezende Machado enfrenta resistência da família do médico Altamiro Moura Pacheco, que doou a área para o município poder abrigar o terminal. Familiares argumentam que o nome de Santa Genoveva para o local foi um pedido do médico às autoridades na época, como forma de homenagear sua mãe, que se chamava Genoveva. Lideranças da Igreja também se posicionaram contra a substituição do nome.