O comércio varejista goiano tentará absorver o impacto do aumento dos preços dos combustíveis num primeiro momento, mas se novos reajustes acontecerem, deverá repassar o aumento de custos (como frete) aos seus preços. A avaliação é do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi.
“Quando chegarem os reajustes em função do combustível, com certeza o comércio vai ter que absorver o impacto em um primeiro momento. Mas isso perdurando e não tendo retorno, será inevitável repassar ao consumidor e o combustível acaba afetando o preço da mercadoria na prateleira do comerciante”, afirma Baiocchi.
O presidente da Fecomércio acredita que os impactos dessa pressão externa sobre a economia goiana dependem da duração do conflito internacional. “Desde que a guerra tenha o seu fim, os preços dos barris poderão voltar ao patamar que estavam sendo praticados. Mas se não for um aumento somente em função da guerra e se o barril do petróleo não baixar, com certeza o reajuste deverá chegar até o produto final no comércio”, diz.
As transportadoras de cargas estão também preocupadas. “Hoje, cerca de 70% de toda a carga brasileira é transportada com diesel e um aumento da ordem de 25% é um impacto muito grande para o setor de transportes, que é o primeiro a sofrer esses efeitos. Mas é como uma cascata, o impacto começa nos transportes e logo afeta toda a cadeia logística e produtiva”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Goiás (Setceg), Ademar Pereira.
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