A Adial, entidade que reúne cerca de 100 indústrias goianas que recebem incentivo fiscal do Estado, tem se destacado como a entidade empresarial mais próxima do governador Ronaldo Caiado. Curiosamente, em 2019 chegou a promover uma passeata histórica pelas ruas de Goiânia contra o governo caiadista, que ameçava cortar (e, de fato, cortou) parte dos incentivos dados às empresas em Goiás, além de incentivar a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa que colocou alguns dos maiores empresários goianos no paredão.
Mas, são águas passadas. Em 2020, a Adial fez as pazes com o governador, que também recuou em alguns cortes de incentivos fiscais e prometeu rever outros cortes. A entidade empresarial passou, então, ser a principal interlocutora do setor produtivo com o governo Caiado. Claro, ajuda o fato da poderosa FIEG, sob o comando de Sandro Mabel, ter uma linha bem mais independente e até mesmo crítica.
Agora, segundo informação do jornal O Popular, a Adial vai bancar o desenvolvimento de um projeto que visa “incentivar” a industrialização do Estado, chamado de AgreGO, a ser lançado no final do ano e que terá como foco principal (não poderia ser diferente) o setor industrial. A consultoria Magno Consultores foi contratada pela entidade para identificar os gargalos que impendem a ampliação do beneficiamento das commodities geradas no Estado e, claro, propor soluções. Entre elas, não será surpresa, ofertar incentivo fiscal para alguns segmentos.