Estava demorando para que algum dos prefeitos dissidentes do MDB em 2018, expulsos do partido por apoiarem abertamente a eleição do governador Ronaldo Caiado (DEM), manifestasse de forma mais contundente o incômodo com a aproximação entre o partido e o Palácio das Esmeraldas. Coube ao prefeito de Catalão, Adib Elias (Podemos) dar o primeiro grito. E acabou sobrando para o ex-prefeito Iris Rezende, um dos patrocinadores da possível aliança que pode dar ao MDB a vice e/ou a vaga do Senado na chapa de Caiado.
“Lamentavelmente, ele (Iris) o faz ignorando a nossa execução em praça pública, ignorando a história que eu e cinco companheiros construímos dentro do MDB. E o faz verbal e publicamente. Faz o que não fez no nosso caso, em que preferiu as frias linhas de uma carta lida, jogada no lixo, jamais respondida”, lamenta Adib em nota enviada ao jornal O Popular. O prefeito cita uma carta que Iris assinou após a eleição passada pedindo que o diretório perdoasse os prefeitos dissidentes e que não teve efeito prático algum, insinuando que não houve esforço real do decano emedebista para reverter a situação.
Na nota, Adib também cobra diálogo do governador Caiado com o grupo de ex-emedebistas, que inclui também o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, e o ex-prefeito de Goianésia Renato de Castro. “Estou atento aos movimentos e acredito que o governador Ronaldo Caiado não irá consumar esse pacto sem que nós, punidos por apoiá-lo, sejamos chamados para discutir o assunto”.