Preso na operação da Polícia Federal contra suspeitos de envolvimento num plano de golpe de estado e assassinato de autoridades, o agente da corporação Wladimir Matos Soares é visto como elo com outra investigação, a da chamada “Abin paralela”.
Em depoimento, ele admitiu ter participado da trama e disse ter sido aliciado por outro policial federal, Alexandre Ramalho, que trabalhava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e já é investigado pela PF por envolvimento na escuta ilegal de autoridades e adversários políticos do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de Soares, foram presos na manhã de terça-feira (19/11) o general de brigada da reserva Mário Fernandes, os tenentes-coronéis Helio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira.
Eles planejaram, segundo a PF, matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal e na época presidente o Tribunal Superior Eleitoral.