As cúpulas nacional e estadual do PT sinalizaram interesse por uma aliança com o MDB na eleição de Goiânia no próximo ano. Aliás, retomando uma dobradinha que foi vitoriosa em duas eleições municipais, que elegeram Iris Rezende (2008) e Paulo Garcia (2012) prefeitos da capital. Mas que acabou não se repetindo mais em 2016, quando Iris Rezende foi novamente eleito prefeito, mas sem o PT na chapa.
Em 2020 o MDB ganhou novamente com Maguito Vilela, que faleceu antes de tomar posse como prefeito. Naquela eleição, o PT lançou a candidatura da Delegada Adriana Accorsi, que ficou em terceiro lugar.
Entretanto, existem pelo menos dois desafios para a reconstrução dessa aliança novamente em Goiânia, segundo alguns emedebistas. O primeiro é o interesse dos petistas de que a aliança em 2024 faça parte de uma ampla composição para também 2026. São eleições distintas (as municipais das estaduais e federal) e dificilmente os interesses locais avançam para conjunturas estaduais ou nacional.
A segunda dificuldade é que o MDB dificilmente vai abrir mão de lançar candidato a prefeito de Goiânia, embora o PT possa novamente indicar o vice, a depender da negociação. Os emedebistas têm dois nomes bem cotados hoje: da advogada e empresária Ana Paula Rezende, que tem recebido amplo espaço do partido para construir uma pré-candidatura na capital, e do ex-prefeito Gustavo Mendanha. Este, aliás, teria hoje maior potencial eleitoral, segundo pesquisas internas. Mas precisa antes de tudo ter o sinal verde do TSE para que possa disputar uma terceira eleição seguida para prefeito. Hoje não tem.
Mas, como há ainda muito tempo e nada pode ser descartado agora, já existem conversas entre lideranças goianas do MDB e do PT sobre possíveis alianças em Goiás para as eleições municipais de 2024. Principalmente, com o vice-governador Daniel Vilela, presidente estadual do MDB.