No próximo domingo os argentinos vão escolher em segundo turno o presidente do país. Ontem à noite, os dois candidatos — o ministro da Economia Sergio Massa e o economista libertário Javier Milei — se enfrentaram ao vivo no único debate da segunda rodada, e o Brasil foi um dos temas de destaque.
Massa acusou o adversário de querer romper as relações entre os dois países e o criticou por dizer que não conversaria com o presidente Lula (PT).
Milei, que passou a maior parte do confronto na defensiva, negou a acusação e devolveu a crítica: “Você faz parte de um governo onde [o presidente] Alberto Fernández também não falava com Bolsonaro. Então qual é o problema se eu falo ou deixo de falar com Lula?”
Contrariando as expectativas, Milei poupou Massa de críticas mais contundentes sobre a crise econômica e provocou surpresa ao elogiar a ex-premiê britânica Margaret Thatcher, odiada na Argentina por liderar o Reino Unido na Guerra das Malvinas, em 1982.
Cenário indefinido
Pesquisas indicam um cenário de paridade entre Milei e Massa, com pequena vantagem para o candidato libertário, mas dentro da margem de erro, de dois a três pontos percentuais. O levantamento do brasileiro AtlasIntel, divulgado na sexta-feira, viu Milei à frente em votos úteis, com 52,1%. O peronista aparecia com 47,9%. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou menos. O AtlasIntel foi o único instituto a projetar a vitória de Massa no primeiro turno.
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