Quase 1,2mil pessoas foram presas entre domingo (8/1) e a madrugada desta segunda-feira (9/1) por conta dos atos de depredação, vandalismo e invasão em Brasília. Todas foram levadas em dezenas de ônibus até a sede da Polícia Federal, na capital federal. Já a Polícia do Exército e a PM do Distrito Federal começaram a desocupar a área em frente ao QG do Exército em Brasília, ocupado desde o fim das eleições do ano passado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os detidos passarão por triagem no Instituto de Criminalística e devem ser ouvidos por integrantes da PF. Não está claro se permanecerão presos ou se serão liberados em seguida. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que a Polícia Legislativa prendeu 44 invasores no domingo e que eles foram encaminhados ao sistema penitenciário da Papuda.
A Polícia Civil também emitiu nota em que confirma a prisão em flagrante de 204 vândalos. Entretanto, os responsáveis por atos de menor potencial ofensivo assinaram termos de comparecimento à Justiça e foram liberados. Outros, responsáveis por condutas mais graves, permanecem presos.
Penitenciária
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou que 176 pessoas que foram presas em flagrante no domingo (8), 112 homens e 64 mulheres. Elas foram transferidas para Centro de Detenção Provisória II e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
A prisão das pessoas que pediam golpe de Estado em frente ao QG do Exército foi feita após ordem do ministro Alexandre de Morais, do STF).
Segundo ele, os bolsonaristas poderão ser enquadrados em ao menos sete crimes. Antes de realizar as prisões, os policiais que trabalham na desmobilização do acampamento avisaram aos presentes que deveriam se retirar do local voluntariamente. Mas passado algum tempo, com a insistência das pessoas em permanecer, fizeram as detenções. Não houve registro de conflitos durante as detenções.
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