Mais de 18 mil pessoas foram ao ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado neste domingo (16/3), em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). Segundo estimativa do grupo de pesquisa Monitor do Debate Político do Meio Digital, parceria da USP com a ONG More in Common.
O público foi menor que o esperado pelos bolsonaristas. Mas isso não impediu que o ex-presidente falasse por 40 minutos, afirmando que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o ato, Bolsonaro reafirmou que será candidato à presidência em 2026, embora esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. E se defendeu da acusação de golpe, da qual pode se tornar réu ainda neste mês.
Disse também ter apoios na Câmara para aprovar a anistia. “Há poucos dias, tinha um velho problema e resolvi, com o (Gilberto) Kassab em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília”, disse.
O “Fora Lula” ficou em segundo plano, com a frase aparecendo em algumas bandeiras vendidas por ambulantes.
Governadores
Os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, ambos do PL, também discursaram. “Qual a razão de afastar Jair Bolsonaro das urnas? É medo de perder a eleição, e eles sabem que vão perder?”, disse Tarcísio. “Estamos aqui para lutar e exigir anistia de inocentes que receberam penas.”
Também marcaram presença os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), além de ao menos nove senadores e 43 deputados federais.
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que lançará a sua pré-candidatura a presidente da República no próximo dia 4, não foi ao ato pró-Bolsonaro.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não foi ao ato por estar se recuperando de um procedimento estético.