O novo Bolsa Família virou queda de braço dentro do governo. De um lado está a equipe econômica que defende que o valor médio do benefício seja reajustado para R$ 300, dadas as restrições impostas pelo teto de gastos. Acima disso, apenas o bônus variável a ser pago com os recursos do chamado Fundo Brasil, abastecido com receitas de privatizações e venda de ativos e que distribuirá os valores sem passar pelo teto.
Só que do outro lado, a ala política reclama que esses valores são incertos, o que é “ruim politicamente” e o melhor seria estabelecer desde já um valor de R$ 400 — cifra defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
O tíquete médio deve ser definido em setembro e o novo programa entrará em vigor em novembro. Também foi apresentada a PEC dos precatórios, que prevê a possibilidade de parcelar as dívidas do governo que tramitaram na Justiça. A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) vê como essencial a aprovação dessa medida para aumentar o valor do programa.