A base governista na Assembleia Legislativa de Goiás já tem estratégia para enterrar a CPI da Saúde antes mesmo das convenções partidárias, que acontecem até a primeira semana de agosto. Segundo afirmou o líder do Governo na Casa, Bruno Peixoto (MDB), ao jornal O Popular, a comissão deve ser instalada na próxima semana, mas ser encerrada antes do recesso parlamentar. Ou seja: até 30 de junho.
Portanto, a CPI teria vida de menos de duas semanas. Claro, se a estratégia governista tiver êxito. Geralmente, uma comissão de inquérito tem pelo menos 90 dias de trabalhos, podendo ser prorrogada por mais tempo, caso os deputados avaliem ser necessário. A CPI foi instalada por um cochilo da base governista na Assembleia, quando a oposição conseguiu as 14 assinaturas mínimas necessárias e a instalou numa sessão que era presidida pelo deputado Hélio de Sousa (PSDB), da oposição.
É possível fazer uma investigação sobre os contratos e destinação de recursos da área da saúde em duas semanas? Para o deputado Bruno Peixoto, sim. “Teremos tempo suficiente para apresentar o relatório, aprovar e encerrar os trabalhos”, disse ao Popular.
Peixoto não esconde que o prazo de duas semanas será possível porque a CPI agora é dominada por parlamentares da base do governo. É que a oposição, inicialmente, conseguiu emplacar o presidente, o vice e o relator da comissão de inquérito. Mas, numa reação governista comandada pelo presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), esta composição foi desfeita para a base caiadista ocupar os principais postos da CPI.