Após o corte de 0,50 ponto percentual na Selic, de 13,25% para 12,75% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) indicou que deve manter o ritmo de redução nas próximas reuniões, afirmando que é “pouco provável” uma intensificação nos cortes da taxa. É o que consta na ata da reunião do comitê realizada na semana passada, divulgada nesta terça-feira 26/9) pelo BC.
O documento também reforçou a necessidade de manter a política monetária contracionista em “horizonte relevante”, até que se consolide a convergência da inflação para a meta e a ancoragem de expectativas. “Esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.”
O comitê também avaliou que as contas públicas estão entre os fatores que mais pressionam a inflação, e que as expectativas do mercado financeiro, que estão acima da meta central para 2024, “seguem sendo um fator de preocupação”.
Inflação
Considerado a prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 avançou 0,35% em setembro, divulgou ontem o IBGE. O resultado veio pouco abaixo do esperado pelos analistas e representa uma aceleração de 0,07 ponto percentual na comparação com o mês anterior, quando houve alta de 0,28%. Com isso, a prévia da inflação acumula 5% em 12 meses. No ano, a taxa é de 3,74%. O resultado de setembro foi puxado pela alta da gasolina, que subiu 5,18%.
Em Goiânia, o IPCA-15 subiu 0,14% em setembro. Com isso, acumula alta de 2,42% no ano e de 4,6% nos últimos 12 meses. O destaque foi a alta do grupo transportes (1,59%), que foi pressionado pelo aumento dos preços dos combustíveis (5,5%). O litro da gasolina teve alta média de 5,31%, do etanol de 1,84% e do óleo diesel de 23,74%.
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