A Black Friday de 2024 deve movimentar R$ 5,2 bilhões no comércio brasileiro. Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Caso se confirme, a movimentação terá crescimento de apenas 0,4% em relação ao ano passado, já descontando a inflação.
Em 2024, os segmentos de móveis e eletrodomésticos, assim como o de utilidades domésticas e eletroeletrônicos deverão concentrar cerca de 46% das vendas previstas. Somando R$ 1,23 bilhão e R$ 1,18 bilhão, respectivamente. Outros ramos com destaque são o de vestuário, calçados e acessórios, que devem movimentar aproximadamente R$ 1 bilhão.
Apesar do otimismo, a Black Friday deste ano enfrenta desafios econômicos. A taxa de câmbio, que iniciou o ano em R$ 4,89, chegou a R$ 5,77 em novembro, encarecendo produtos importados. Além disso, a taxa média de juros para pessoas físicas ainda se mantém elevada, dificultando o crédito para compras de bens duráveis.
Descontos
O levantamento da CNC monitorou as variações de preços dos itens mais buscados na Black Friday, nos últimos 40 dias. Cerca de 55% dos produtos analisados apresentaram tendência de redução de preços. Especialmente ventiladores e tênis femininos, que registraram quedas de até 15% e 13%, respectivamente.
Em contrapartida, itens com alta procura, como ar-condicionado e televisores, mantiveram os preços estáveis, com poucas variações.
“Pela metodologia da CNC, os itens com maior potencial de desconto são aqueles que já apresentavam uma queda de preços consistente antes do evento”, explica Bentes. Produtos com preços estáveis ou em leve alta são considerados de baixo potencial de desconto.