O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lucrou R$ 26,4 bilhões em 2024, crescimento de 20,5% em relação a 2023. Também realizou a maior injeção de crédito da sua história: aprovações e garantias somaram R$ 276,5 bilhões. Além da maior carteira de crédito desde 2017, no valor de R$ 584,8 bilhões, e a menor inadimplência do sistema financeiro (0,001%).
Os resultados de 2024 foram divulgados nesta terça-feira (25/2) na sede da instituição, no Rio de Janeiro. Os números demostram que 2024 foi um ano com forte crescimento por demanda de crédito frente a 2023, considerando operações diretas e indiretas (via agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES).
“Temos um valor recorde nominal em impacto em créditos da economia de R$ 276,5 bilhões, sendo R$ 63,9 bilhões via fundo garantidor e R$ 212,5 bilhões pelo crédito do BNDES, direto e indireto, já que uma parte disso a gente faz com os agentes parceiros. É um recorde histórico e um aumento de 81% em relação a 2022. Foi um trabalho extraordinário o esforço que o banco fez para poder chegar a este resultado”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Setores
As aprovações de crédito somaram R$ 212,6 bilhões (aumento de 22% em relação a 2023). Com destaque para a indústria (R$ 52,4 bilhões), agropecuária (52,3 bilhões) e comércio e serviços (R$ 33,4 bilhões). Desde 2018, é a primeira vez que há mais aprovações na indústria do que na agropecuária.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante apontou que muitas das operações aprovadas nos últimos anos foram para projetos de infraestrutura de médio e longo prazo, o que corrobora para a meta de 2% do PIB em aprovações do BNDES, em 2026.
A inadimplência de 0,001% (90 dias) permanece expressivamente inferior à do Sistema Financeiro Nacional (2,95% geral e 0,28% para grandes empresas em dezembro de 2024).